Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

Drop Side é o rock em PG

Preciso sair desse breu pra que meus filhos tenham um futuro melhor que o meu (…)

É assim que a Drop Side, banda de Praia Grande, se apresenta ao público: com uma composição inspirada em nada menos do que uma das maiores obras da literatura brasileira, Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

As cinco faixas que seguem no primeiro EP do grupo, intitulado Humanimals, mostram a essência que eles esperam passar ao público: música boa com sonoridade brasileira.

drop-ano-novoImagem: Diego Barbosa/Flash Produções

Para isso, Aram Jaguary (bateria), Gabriel Negreiros (percussão), Igor Rizzo (baixo), Victor Santos (guitarra) e Wagner Lavor (voz) estão unidos há dois anos, tempo em que descobriram o som que queriam fazer e, desde então, o aperfeiçoam a cada encontro.

“Todos nós já tocávamos em outros projetos e estávamos em busca de algo novo quando nos conhecemos”, explica Igor. “Éramos medianos no início, mas foi indo e fomos nos virando até chegar no que apresentamos atualmente”, emenda Wagner.

Com repertório autoral, os shows da banda costumam agradar a diferentes públicos. Isso acontece por dois fatores: as composições falam sobre assuntos variados e o som pode sofrer pequenas modificações de acordo com o local onde se apresentam.

Tudo pela música

E a agenda está a todo vapor! Desde as últimas semanas de dezembro, as datas de janeiro estão fechadas.

A maior apresentação do primeiro mês do ano é também uma das grandes conquistas da história da banda (até o momento) – abrir o show do NX Zero e Dead Fish, na cidade em que vivem.

Enquanto outras bandas reclamam de não conseguir espaço na cena da região, os garotos encontraram outra maneira de lidar com o problema. Fazem acontecer, ou seja, quando não há portas abertas, eles constroem as próprias portas para poderem passar.

“Atualmente, as casas são mais voltadas para pop e pop rock. A gente toca mais em eventos voltados para rock mesmo e como isso não é muito comum na agenda da Baixada Santista, a gente se movimenta e cria. Nosso primeiro show, por exemplo, foi assim”, comenta Aram.

Para eles, o fato de reunirem o público sozinhos agrega valor ao trabalho. “As pessoas acabam prestando atenção na gente. Quando vão fazer um evento podem se lembrar disso”, explicam.

Aparentemente, a receita tem funcionado. Além da agenda de shows, os meninos começaram 2017 com grandes planos: investir no audiovisual e lançar um CD.

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