Prédios tortos – prédios que são atração em Santos

Provavelmente você já ouviu falar dos prédios tortos de Santos. Se você mora na cidade, é aquela sensação comum, de que um prédio torto faz parte da normalidade de qualquer um. Mas quem vem de fora, sabe que não é muito natural ver em média 90 prédios com níveis de inclinação que chegam a assustar. Se você fizer um passeio de escuna e enxergar a orla de Santos do ponto de vista do mar, ficará em choque.

Parte de uma das belas obras de Luciana Futuro, artista santista que representa nossos prédios tortos com maestria.

Todo mundo afirma que os prédios tortos de Santos não apresentam risco para a cidade, e que o efeito dominó é utopia. Mas, independente disso, alguns moradores desses imóveis passam por pequenos (ou grandes!) transtornos diários, que vão desde calços nos móveis até técnicas mirabolantes para assar um bolo (!) ou tomar banho. Uma vibe meio casa maluca do Playcenter (acabei de denunciar minha idade!).

Os prédios tortos da orla da praia são um cartão postal de Santos. Há um processo de realinhamento de alguns edifícios, que atualmente estão nessa condição devido a um erro (ou economia) de engenharia, por 2 razões: o tipo de solo, e a superficialidade das fundações – o ideal é que as fundações tenham 55 metros. Essa matéria do Jornal Nacional de 27/01/2011 explica. O prédio Núncio Malzoni, no Boqueirão era o exemplo mais extremo e passou por reformas.

Há documentários e matérias sobre o tema. Um deles, que eu tenho verdadeira paixão foi feito em 2007 pela galera das Oficinas Querô, com direção do Samuka, vulgo Samuel Castro. Vale a pena assistir inteirinho, é uma verdadeira declaração de amor por Santos.

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Os prédios tortos inspiram artistas, cineastas, músicos, e há até o “Torto oficial”, que é um prédio-caixote, que abriga no piso térreo um bar chamado… TORTO!