Texto porVinícius Carlos Vieira

Cinesystem inaugura sala super tecnológica bem pertinho da Baixada

Ir no cinema sempre foi uma experiência de imersão.

Do momento que você sai de casa, até a hora em que as luzes se apagam, aos poucos, a cada passo que você dá, ingresso que compra ou pipoca que pega, você vai mais e mais entrando nesse mundo.

E de alguns anos para cá, a tecnologia das salas de cinema foram ficando tão e tão altas que essa experiência de se perder dentro do filme parece não ter fim.

Talvez seja o objetivo principal do novo Cinesystem, inaugurado no Morumbi Town Shopping no último dia 11 de dezembro.

Mas essa hora você leitor do Juicy deve estar pensando, “Por que raios você estão falando sobre um shopping lá de São Paulo?”.

Simples, porque vale toda a pena do mundo encarar essa pouca uma hora e meia da Baixada até lá para curtir o que talvez sejam as salas de cinema mais avançadas da América Latina.

E não precisa duvidar do que eu estou falando, a qualidade da sala compensa cada quilômetro que você rodar.

Mais legal que isso, o objetivo do Cinesystem bate de frente com aquela imersão do primeiro parágrafo, já que tudo começa em casa, onde o espectador pode comprar os ingressos, pipocas e bebidas. Chegando lá, com a ajuda de seu smartphone, basta pegar tudo no autoatendimento e entrar na sala, sem filas nem chateações.

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Porém, se você quiser perder um pouco de tempo no foyer do cinema, ótimo, já que ele é super confortável, cheio de poltronas e ainda uma iluminação que “soa” indireta e não agride seus olhos nem antes nem depois da sessão. Sobre os preços, bom, como em qualquer cinema, o prejuízo é sempre maior para comer do que para ver o filme, então os preços altos não são uma surpresa.

Já os ingressos vão de R$ 21 a R$ 61 (inteiras), o que é um pouco acima do normal, mas que nesse caso nem é tão exagero assim, ainda mais levando em conta o que você vai encontrar dentro das salas.

Novas Tecnologias de Som e Imagem

Para começo de conversa, são nove salas, todas equipadas com projeção à laser e ainda uma delas (a Cinepic) equipada com Dolby Atmos, tecnologia de som que o Cinesystem traz para São Paulo em primeira mão na América Latina.

Já as poltronas são um caso de amor à parte, sem a presença daquelas poltronas normais, todas as nove salas apresentam modelos premiuns, mais largas o suficiente para serem muito mais confortáveis, com um espuma aconchegante e opções de “namoradeiras” em todas elas.

Ainda por cima, pra quem quiser embarcar naquele ingresso de R$ 61, cinco das salas ainda apresentam Espaços VIPs, que surgem em espécies de varandas no alto das salas. O Cinesystem ainda inaugurará um serviço completo para essas salas VIPs, tanto com comidinhas chiques (champanhe e seus amigos da alta sociedade gastronômica), quanto com atendimento especial dentro das salas.

Indo ao que realmente interessa e respondendo as perguntas que você deve estar se fazendo: sim, toda essa parafernália técnica faz uma baita diferença. É claro que você não vai sentir isso em todos os filmes que ver ali na tela (na inauguração para os convidados, era a sala Cinepic), mas quando for possível, você vai perceber a melhora, sim.

O trailer que abriu a sessão, Max Steel, deixou realmente essa impressão de nada demais. Mas, na sequência, a prévia de Guardiões da Galáxia mostrou a que veio o sistema.

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Tirando de lado tudo que material de imprensa diz (e tentando não ser influenciado por alguns adjetivos dele), o resultado do projetor a laser é realmente diferenciado. Além das cores serem vivas e mais brilhantes, o contraste entre as regiões claras e escuras é incrível. Por fim, o preto, que é tão difícil de se ver por aí como preto de verdade, pelo laser é realmente preto (e juro que vou parar de repetir uma mesma palavra várias vezes no mesmo parágrafo).

O conceito da projeção a laser é da Barco Innovation Center e ainda vem com um lado ecologicamente correto que também reflete no bolso dos donos do cinema. Como as salas não usam mais projetores, consomem 40% menos energia, eliminando os custos de manutenção das lâmpadas. E o release ainda nos aponta que cada fonte de luz do laser tem uma vida útil de algo em torno de 10 anos, então, nada de jogar nada fora nesse período.

O filme escolhido para a exibição foi xXx – Reativado e ver as mentiradas de Xander Cage de volta em uma tela enorme como aquela deixa até o filme mais empolgante.

Já sobre o Dolby Atmos, o resultado é ainda mais impressionante. Claro que, na demonstração que vem antes do filme, você sente os tais mais de 120 canais de som (geralmente por aí são 4, 5 ou 7 canais… quando você não é obrigado a se contentar com estéreo apenas!), mas isso cai drasticamente durante o filme. E não é culpa da sala, mas sim do mundo, serão poucos ou quase nenhum filme que usarão um desenho de som tão complexo quanto as possibilidades da sala. De qualquer jeito, mesmo sem o filme usufruir de toda capacidade, ainda assim a diferença, nitidez e qualidade são enormes.

xXx ainda era em 3D, o que pode demonstrar a tecnologia e provar o quanto os óculos, muito confortáveis, e o laser, acabam dando uma diferença incrível na nitidez do filme, com transições que fluem bem melhor e que devem aliviar bastante o pessoal que tem incômodo físico com o 3D.

Estrutura

O Cinesystem do Morumbi Town terá então nove salas, separadas entre quatro maiores com capacidade para 170 pessoas, a Cinepic, para 280 pessoas e ainda mais quatro com 60 assentos. A boa notícia disso tudo é que além de estrearem mais filmes por semana, a rede pretende, com esse quarteto de salas menores, prolongar a vida de alguns filmes e ainda focar em estreias fora do circuito.

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Por último, mas nunca menos importante, uma notícia melhor ainda para os cadeirantes, já que ao invés de terem aqueles lugares separados com a cara esfregando na tela, o Cinesystem colocará à disposição deles uma vaga ou no espaço VIP, ou na salas menores no alto das fileiras de poltronas. Isso sempre pagando o valor normal, sem acréscimo nenhum.

Já sobre Praia Grande, a direção diz estar avaliando algum tipo de mudança para o Cinesystem do Litoral Plaza Shopping, mas que ainda não pode divulgar nada. Resta então a torcida para que toda essa tecnologia chegue mais rápido aqui na Baixada. Mas se ela não chegar, acredite, “subir” para São Paulo para pegar um cineminha nunca valeu tanto a pena.