Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos
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Réveillon sem coronavírus: como se proteger nas festas de fim de ano

A gente ficou longe da família na Páscoa. 

Evitou aglomerar no Dia das Mães e dos Pais. 

E até passou o Dia dos Namorados à distância. 

Agora estamos há poucos dias do final desse ano maluco. A sensação de impotência segue nos fazendo companhia e, por isso, nos últimos dias, nasceu uma dúvida:

Dá para curtir o Natal e o Réveillon sem coronavírus? 

Várias famílias estão tentando chegar a um consenso sobre o que fazer. Uma decisão difícil. Afinal, apesar do afrouxamento do distanciamento social, os números de casos continuam assustadores em todo o Brasil. Em Santos, por exemplo, já são mais de 28 mil confirmados – e 50% dos leitos de UTI estão ocupados enquanto você lê essa matéria. 

Por isso, a recomendação principal é que nenhuma das duas ocasiões ganhem festas. A reunião deve ser apenas com o núcleo familiar mais próximo – de preferência, pessoas com as quais você já convive diariamente. Quem orienta é Renato Walch, médico de família e Diretor Médico da Amparo Saúde.

“Se estivéssemos em um momento de queda de contaminação, a situação seria diferente. Mas, com o cenário em que estamos, não dá para flexibilizar essa recomendação”. 

Segundo ele, o isolamento continua sendo a ferramenta principal contra a COVID-19. 

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Acaba, 2020: como planejar metas para 2021 depois de um ano caótico 

Ainda assim, o médico sabe que nem todas as famílias estarão dispostas a passar mais essas datas – talvez as mais tradicionais – sem se ver. Neste sentido, ele alerta para a necessidade de redobrar os cuidados durante as reuniões. 

Proteção contra a COVID-19 nas festas de dezembro 

O uso de máscara, é claro, está no topo da lista. Mas o Dr. Renato Walch conta que outras atitudes podem ser benéficas. Na lista estão, por exemplo:

  • Manter o máximo de distanciamento possível;
  • Não compartilhar utensílios domésticos;
  • Tomar cuidado com calçados;
  • Sempre higienizar as mãos adequadamente.

As recomendações podem parecer rígidas, mas são necessárias neste momento e devem ser respeitadas. Se acaso sua família tem pessoas de mais idade, que são resistentes a esse tipo de atitude, o ideal é começar a explicar alguns dias antes como as coisas serão e o motivo disso.  

“Ressalte, por exemplo, que para que possamos curtir o Natal e o Ano Novo de 2021, precisamos nos cuidar até o último minuto de 2020. Assim, poderemos estar mais perto dos nossos amigos e familiares no ano que vem”. 

E pode viajar no Ano Novo?

Ele é enfático em dizer que não, a não ser que seja por um motivo urgente.  

De acordo com o médico, as viagens em feriados e finais de semana contribuem para o aumento nos números de infecção pelo novo coronavírus. Além disso, alerta que mesmo quem já foi infectado deve tomar cuidado.

“A média de tempo de imunidade das pessoas é de três a quatro meses, mas algumas pessoas nem chegam a ficar imunes. Já temos casos comprovados de reinfecção”.

Os teimosos existem e, a gente sabe, vão viajar apesar das recomendações. Se acaso você faz parte dessa turma, vale lembrar de se proteger durante o rolê. Além das muitas máscaras de proteção, há outros acessórios que não podem faltar na sua mala. Anota aí:

  • Muitas máscaras (para trocar a cada 4 horas e higienizar antes de utilizar novamente) 
  • Álcool gel 70% (que deve ser usado antes e depois de tocar em superfícies ou cumprimentar alguém) 
  • Água e bebidas com maior valor nutricional, para mandar a hidratação em dia

Se o destino da viagem ainda não estiver decidido, outra dica é priorizar locais arejados, com menor circulação de pessoas e que não estejam com números elevados do coronavírus. Faça uma boa pesquisa e proteja-se.