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Será o fim, sem um adeus, da Quermesse da Nova Cintra?

É de não querer acreditar, porque se for verdade será muito doida, que a tradicional Festa Junina do Morro da Nova Cintra – ou simplesmente a Quermesse da Nova Cintra – não seja realizada neste ano. Seria o sepultamento de mais um elemento da cultura santista.

www.juicysantos.com.br - quermesse da nova cintra - crédito: turismo em santos
Crédito da foto: Turismo em Santos

De acordo com o que vem sendo veiculado pela imprensa, a Paróquia São João Batista, promotora do evento, alega não ter condições mais de organizar a festa. Ao jornal A Tribuna, o padre Isac Carneiro da Silva, responsável pela paróquia, citou motivos que vão desde dificuldades financeiras e de infraestrutura à perda do caráter religioso do evento.

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A Prefeitura de Santos, por sua vez, não demonstra muita disposição em evitar o cancelamento. Em nota enviada ao mesmo jornal, afirma apenas acatar a decisão da Paróquia, sem propor uma alternativa que viabilizasse a manutenção da tradicional quermesse. “Diante dos argumentos apresentados pelo padre, a Prefeitura respeitará a decisão da Paróquia São João Batista, organizadora da festa”, diz a administração municipal.

Não cabe aqui, neste momento, avaliar qual lado está com a razão. Mas cabe sim, e à sociedade santista tem esse direito e dever, o de fazer um alerta: se os dois lados se restringirem a listar dificuldades e responsabilidades, sem que se viabilize um entendimento, contribuirão definitivamente para que a história e as tradições santistas percam mais um pedacinho, entre tantos pedaços destruídos ao longo tempo.

Ainda é tempo de reverter a situação, evitar o equívoco. A Quermesse da Nova Cintra chegará, ou chegaria, à 68ª edição em 2015. A primeira edição ocorreu em 1947, com o intuito de angariar recursos para a construção de uma igreja nova, maior – inaugurada há 52 anos na Praça Guadalajara, no arredor da qual se dá a festa junina. Mas, segundo o jornal A Tribuna, a tradição é mais antiga ainda: em 1912, portanto há mais de 100 anos, festividades semelhantes já eram realizadas no local.

Por Wagner de Alcântara Aragão, do Macuco Blog (www.brasilobserver.co.uk/macuco). Twitter: @waasantista

By: Wagner de Alcântara Aragão

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