Santista, o “sentauro” moderno
Dizer que está cada vez mais difícil andar de carro em Santos já virou redundância. A malha viária da cidade, que nunca foi lá essas coisas, está mais que saturada. Como diz um vizinho meu, “tem mais carro na rua que jambolão no Canal 3″…
O problema não está só na incompetência dos órgãos de planejamento de trânsito – que, convenhamos, não podem fazer quase nada a não ser administrar uma crise aqui e outra acolá, tendo que lidar com uma malha viária mais antiquada que a Via Appia. O santista também tem sua parcela de culpa a expiar nessa história.
Senão, vejamos: quantas pessoas você conhece que não abrem mão do carro pra nada? Seja pra ir aonde for? Padaria, consultório, confessionário, casa da namorada… tem sempre uma justificativa. Excluindo, claro, aqueles que realmente precisam do carro, a maioria usa o carro pra qualquer coisa. Numa cidade com distâncias relativamente pequenas como Santos acaba se tornando mais um transtorno que uma necessidade.
Por isso o título com o nome escrito errado de propósito. O santista é mesmo um “sentauro” quando o assunto é carro: senta nele e só sai por força de decreto. Costumo dizer que o santista só não vai de carro pro banheiro porque não consegue fazer baliza entre o box e a privada.
Não quero, com esse texto, catequizar ou deonizar ninguém. Todo mundo tem ou quer ter carro, eu mesmo tenho e já usei muito em trajetos curtos onde os pés ou mesmo a bicicleta que uso atualmente com mais frequência iriram numa boa (talvez com o ônus da transpiração, mas…) Só quero atentar para um problema que vem se tornando um dos espinhos mais conhecidos da região: carro demais pra rua de menos.
By: Leonardo Brito