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Nada contra… Mas muleta no meu banco NÃO!

(este texto foi escrito pela leitora Yasmin Marques e publicado por meio da seção Envie Seu Post)

Você acha que discriminação só acontece com outras pessoas… Que nunca vai acontecer com você… E não é que hoje aconteceu comigo?!

É, nem eu estou acreditando…

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Nada contra... Mas muleta no meu banco NÃO!

Fui, acompanha com minha irmã, ao Banco da Caixa Econômica Federal no Canal 3, mais precisamente na agência 37877 às 11:30 da manhã. Eis que chegou o momento de passar pela porta giratória do banco, que obviamente apita quando eu passo pois tenho uma haste de titânio e dois parafusos no meu fêmur… Sem contar a muleta… Ah, a querida muleta.

Após a porta ter sido travada pelo detector, obviamente que os seguranças DEVERIAM ter vindo me ajudar, coisa que não aconteceu… Mas tudo bem, minha irmã foi tentar passar e como estava de bolsa a porta apitou também (mesmo tendo retirado todas as coisas de metal)… Nisso, o segurança fala que vai chamar uma funcionária… Até ai, tudo bem.. A funcionaria passa pela porta giratória e caminha em minha direção e na da minha irmã, pergunta o que queremos e minha irmã responde prontamente. Eis que quando vamos entrar na agência essa funcionária virou e disse a minha irmã: “De muleta ela não pode entrar!”… SIM! Exatamente com essas palavras e de forma “rígida” ela mencionou que eu não poderia entrar naquele banco pois estava de muleta!

Na hora eu fiquei sem reação e falei: “Como não posso entrar nesse banco se no Banco do Brasil e no Santander eu já entrei e entrei como ‘atendimento preferencial’ ainda?!” A funcionária, que se diz chamar “Juliana”, simplesmente continuou a passar pela porta giratória e entrou.

Confesso que não sabia o que fazer, já que do lado de fora da agência (onde ficam os caixas eletrônicos) não tinha banco ou cadeira alguma para eu me sentar (e convenhamos, quem tem cirurgia como a minha sabe que quando o tempo muda dói MUITO). Procurei, demonstrei para os seguranças que estava com dor e precisava sentar e eles nada fizeram.

O que fazer nesse momento? Bom, com muita dificuldade sentei no chão e fiquei aguardando minha irmã sair da agência, que me ajudou a levantar. Testemunhas estavam no local.

É um absurdo o comentário infeliz dessa funcionária Juliana. Logo em seguida fui à previdência social, ao Banco do Brasil e ao Santander e nos três lugares tive atendimento preferencial e fui MUITO bem tratada. E em um simples banco eu não pude entrar pois estava de muletas.

Já fui em bancos andando, de cadeira de rodas e agora de muleta… E pela primeira vez na vida eu sofri uma discriminação, RIDÍCULA por sinal.

Me faltam palavras para descrever meu sentimento agora. Eu não sabia se chorava ou se ficava com raiva. É um mix de sentimento absurdo.

Me falta tudo para conseguir interpretar essa funcionária e o banco que é o contratante dela.

Isso foi um desabafo… E eu espero, realmente, que nunca ninguém passe por isso… É humilhante.Eu estou com uma cara péssima, o ângulo não é bom mas demonstra meu nível de stress no momento.

By: Yasmin Marques

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