Até 2030, Brasil vai gerar 1 milhão de empregos na economia criativa
Vamos falar de trampo. Em meio a um cenário cheio de incertezas sobre o futuro do trabalho que passa por discussões sobre tecnologia e etarismo, uma coisa a gente já vem falando há algum tempo. Tem muitos empregos na economia criativa – isso a inteligência artificial não vai poder suprir. E não somos só nós que dizemos isso. De acordo com um levantmento do Observatório Nacional da Indústria (ONI), departamento de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2030, o Brasil terá 8,4 milhões de profissionais na área.
Foto: Brasil com S
Onde estão os empregos na economia criativa
Esse número equivale a um aumento de 1 milhão de novas oportunidades em relação aos dados atuais (7,4 milhões). Ainda segundo o levantamento do ONI, o ritmo de aumento dos vagas será de 13,5% até 2030, mais que o triplo em comparação ao crescimento estimado de 4,2% dos demais setores econômicos. E a maior parte desses empregos estará nas regiões Sul e Sudeste.
Vale também lembrar que a economia criativa representa atualmente 3% do Produto Interno Bruto do Brasil.
E com o que você pode trabalhar na economia criativa? Pois bem, as possibilidades são imensas.
Há vagas em muitos campos, desde a tecnologia, o empreendedorismo, turismo, serviços e a indústria até o entretenimento. Um designer de games, por exemplo, é um trabalhador de economia criativa.
Santos na ponta da economia criativa
No país,setores como marketing, design, moda, gastronomia, audiovisual e inovação vão gerar um em cada quatro empregos nos próximos anos. E, em Santos, cidade criativa de audiovisual pela UNESCO e protagonista nas discussões da Agenda 2030 da ONU, esse futuro é agora.
Além disso, a economia criativa pressupõe um senso de identidade local e pertencimento muito benéfico para o território, como sempre defendemos aqui no grupo Juicyhub.
Portanto, aqui a economia criativa faz parte dos negócios e colabora com a criação de vagas de emprego em Santos. De acordo com a Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo (Seectur) de Santos, 21,4 mil empresas de economia criativa surgiram na cidade em 2023. Ou seja, um volume 7% maior que as 19,9 mil de 2022.
O setor de gastronomia lidera com o maior número de empresas (5,2 mil), seguido de tecnologia da informação e comunicação (4,9 mil), editorial (3,6 mil), audiovisual (3 mil) e música (1 mil). Entre 2022 e 2023, foi o de propaganda e marketing (26,9%).
Onde estudar para entrar no mercado de economia criativa em Santos
E as instituições de ensino da região já estão se mobilizando para formar a nova geração de trabalhadores da criatividade. É o caso da ESAMC Santos, que alia conteúdo prático e teórico com foco nas disciplinas de administração, marketing e comunicação. Lá, há uma grande ênfase em trazer saberes conectados com o universo da economia criativa não só na teoria, mas principalmente na prática.
Amália Borges, coordenadora acadêmica da ESAMC Santos, explica que, nos últimos anos, houve uma busca intensa por estimular o pensamento inovador, despertar novas ideias e incentivar a criação de redes colaborativas entre estudantes interessados nesses temas.
Entre os cursos da ESAMC Santos ligados à economia criativa, estão Design Gráfico e de Formação em Moda, Marketing, Publicidade e Propaganda e Sistemas de Informação.
No corpo docente ou em eventos sazonais, profissionais de Moda, Design, Comunicação Digital e Quadrinhos, por exemplo, compartilham suas trajetórias. Alguns nomes que já passaram pelos encontros são o quadrinista Fábio Tatsubô, atual chefe do Departamento de Políticas Públicas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Depods/OTC) da Prefeitura de Santos e Larissa Ortiz, sócia do Instituto DATAVIP e consultora da Associação Brasileira de Estilistas.