Doc Toque Como Uma Garota mostra jornada feminina na música
Quantas vozes femininas estão na sua playlist? E a quantos shows de artistas mulheres você foi nos últimos tempos? A pauta da representatividade de gênero na música está mais em alta do que nunca. E, por isso, é muito legal ver uma produção santista abordar esse assunto no audiovisual.
O documentário “Toque Como Uma Garota”, com direção de Letícia Alcovér, retrata a jornada feminina no universo da música. A obra busca modificar percepções e abrir diálogos sobre a presença e influência das mulheres nesse cenário.
Bota elas no palco
Até bem recentemente, as mulheres ficavam restritas a papéis marginalizados na música, limitadas a cantar ou tocar piano. As estatísticas são ainda mais alarmantes: de um investimento de 1,3 bilhão de reais no setor musical em 2024, apenas 5% foram destinados a projetos liderados por mulheres, conforme dados do Ecad.
Esta realidade, bem evidente no documentário, joga luz sobre a desigualdade persistente que mulheres enfrentam, lutando por visibilidade e igualdade. A narrativa traz talentos femininos e compartilha histórias de mulheres como Carla Mariani, Débora Gozzoli, Lelê Lótus, Nathalie Rabelo e Thaís Ribeiro. Mas não se furta em demonstrar os desafios sistemáticos que ainda existem no setor.
Precisamos falar de diversidade nas artes
Em Santos, há o festival Chiquinha Gonzaga que valoriza a produção feminina autoral. E, em âmbito nacional. iniciativas como o Women’s Music Event abrem caminhos para elas cada vez mais. No entanto, a luta é cotidiana e constante.
Toque Como Uma Garota se junta a A Solidão do Emo Preto em uma série de produções audiovisuais made in Santos que abordam o tema da diversidade na cultura.