Texto porJuicy Santos
Santos

Disco novo do Rush: Clockwork Angels

 

Os discos da banda canadense Rush costumam soar conceituais, muito embora também funcionem ouvindo as faixas individualmente. Mas é sempre um prazer ouvir o power trio formado por Geddy Lee (baixo e teclados), Neil Pearl (bateria) e Alex Lifeson (guitarra) fazendo um som convincente. Os caras ainda têm prazer em tocar ao vivo e em estúdio.

Disco novo do Rush: Clockwork Angels

Seu álbum mais recente, Clockwork Angels, está mais vibrante do que o anterior  (Snakes And Arrows). Tem canções que lembram a sonoridade dos álbuns Hold Your Fire e Power Windows, quando um certo tom mainstream dava as caras no trabalho do trio, mas sem comprometer a qualidade do produto final.

O disco abre com a vibrante Caravan e segue no mesmo tom de energia com a faixa que dá título ao álbum (Clockwork Angels), com as habituais levadas de bateria de Peart e mudanças bruscas no arranjo instrumental.

O interessante é que o baixo de Geddy Lee está mais presente em alguns dos arranjos das faixas. Em Seven Cities Of Gold, por exemplo, a introdução é marcada por uma linha forte do baixo. Uma forma talvez de valorizar seu trabalho com o instrumento, que sempre complementou muito bem a cozinha ritmica com Peart, dando a base necessária para os solos de Lifeson na guitarra.

 

Outros bons momentos são as faixas Headlong Flight (que tem a cara do Rush dos bons tempos) e a balada melodiosa The Garden, com os velhos tons de rock progressivo no arranjo, uma marca registrada do grupo.

A conclusão que o ouvinte chega ao final da audição é que o trio ainda tem o que mostrar, mesmo depois de quatro décadas de trajetória no rock. E que continue assim por muito tempo. Os fãs agradeceriam de bom grado.

By: Luiz Otero