Train segue em uma nova viagem musical

Fundada em 1994 nos Estados Unidos, a banda Train segue a sua viagem musical pelo pop rock.

Contando com a dupla Pat Monahan e Jimmy Stafford como o principal núcleo criativo, o grupo apresenta agora o CD A Girl, A Bottle, A Boat, com 13 canções inéditas que seguem a receita musical que tem dado certo nos últimos anos.

Não espere encontrar grandes solos ou canções com arranjos rebuscados e longos.

A receita do Train é baseada no pop rock, com influências dos anos 70, principalmente. As canções que abrem o disco – Drink Up e Play That Song – são leves e bem trabalhadas para tocar nas rádios e nos shows ao vivo. O mesmo resultado se nota na faixa seguinte, The News.

Lottery tem uma breve introdução com violão acústico, mas logo segue com a batida de bateria eletrônica e um arranjo mais dançante. Working Girl tem um apelo mais focado no pop rock, muito embora possa fazer parte do momento dançante dos shows. Traz um refrão que funcionará bem ao vivo, com certeza, a exemplo de um dos maiores hits do grupo, Hey Soul Sister.

Na canção Valentine, os músicos brincam com o arranjo tipo do-woop nos backing vocals, bem ao estilo do pop dos anos 50 e 60. É bem retrô em todos os seus detalhes. Loverman tem a participação de Priscilla Renea nos vocais, dividindo a tarefa com Pat Monahan. É um dos ótimos momentos do disco, por sinal.

Gostei muito da balada You Better Believe, que parece ter potencial para tocar nas rádios.

O vocal de Monahan segue com o seu timbre agudo característico, que rende tanto nas músicas lentas como nos momentos mais dançantes do disco.

Embarcar na viagem musical do Train pode ser uma experiência interessante se você não for muito exigente e não querer um som alternativo, fora do padrão comercial do que toca nas rádios.

O som dos caras é puro pop rock, bem tocado e que deve ser apreciado nas estações. De rádio, é claro.