Texto porLuiz Gomes Otero

Sheryl Crow, de volta ao som básico

A cantora e compositora americana Sheryl Crow chega ao seu décimo álbum, intitulado Be Myself.

Um título mais do que apropriado para um trabalho que sinaliza uma volta ao som pop rock mais básico, que pontua sua carreira há mais de 20 anos.

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Para produzir esse disco, Sheryl contou com o auxílio de músicos experientes, como Gary Clark Jr. e Doyle Bramhall II, entre outros.

E a sonoridade navega entre o pop rock mais básico e a música folk, uma de suas principais influências.

Todas as composições são assinadas por ela e pelo músico Jeff Trott, exceto Woo Woo, que conta com a colaboração de Toby Gad.

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A faixa Halfway There foi escolhida para ser o single de divulgação do disco. Mas há outras com o mesmo tipo de potencial radiofônico, como a que abre o disco, a ótima Alone In The Dark.

A canção-título – Be Myself – parece querer resgatar a sonoridade do primeiro álbum da cantora, Tuesday Night Music Club, que fez dela uma estrela nos anos 90. Um vocal bem postado e um riff irresistível leva o ouvinte que conhece a obra de Sheryl para um clima saudosista, mas bem alto astral.

Roller Skate é uma canção que também serviria como single, com toda certeza. Um discreto riff de guitarra pontua toda a introdução e conduz o ouvinte para o refrão pop de apelo radiofônico. Um ótimo momento do disco.

A climática Love Will Save The Day quebra um pouco o clima folk para cair mais em uma seara pop mais experimental. Já nas faixas Stranger Again e Rest Of Me, ela se volta novamente para mescla do folk com o pop, o que sempre faz com maestria, por sinal.

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O disco foi lançado em março deste ano e já vem obtendo ótimas referências da crítica especializada.

Uma prova de que ela parece ter acertado o caminho a ser seguido. Esse trabalho tem todos os elementos para agradar os fãs. Audição mais do que recomendada.