Texto porLuiz Gomes Otero

A despedida musical do Pai do Rock

Liberado três meses depois de seu falecimento, o primeiro álbum de estúdio de Chuck Berry desde 1979 reúne a sua produção feita no período, com participações especiais de Nathaniel Rateliff e Tom Morello (do Rage Against The Machine).

E o álbum acabou sendo uma despedida musical digna para o músico conhecido como pai do rock pelo seu pioneirismo e virtuose nos riffs da guitarra.

O homem que mudou a cara da música pop como a conhecemos faleceu em março de 2017, deixando um legado que transcende a música.

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Não se trata de um disco gravado recentemente, com Chuck Berry aos 90 anos.

As faixas foram feitas ao longo dos anos e finalizadas em sua produção neste ano. O objetivo era comemorar os 90 anos de Berry, que acabou não conseguindo ver o trabalho concluído.

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Isso talvez explique a sua incrível vitalidade em faixas no melhor estilo rock´n roll, como Big Boys e Lady B. Goode, esta segunda feita em homenagem a sua esposa (Themetta), com citações da clássica Johnny B. Goode. Em Wonderful Woman, que abre o disco, Berry mostra como se faz um riff de guitarra para tocar o autêntico rock´n roll.

Há momentos na linha do blues tradicional, como em Little Darlin e You Go To My Head. E curiosamente, uma das faixas, Eyes Of Man, aborda temas relacionados com o envelhecimento e a mortalidade.

Em Jamaica Moon, Berry revisita a também clássica Havana Moon, de 1956, com nova letra e algumas novas nuances no arranjo.

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Chuck, o disco, soa nostálgico em muitos momentos. Funciona como um bonito tributo musical para o seu pioneirismo na história do rock. E ele merecia mesmo essa homenagem.

O roqueiro foi eleito pela revista Rolling Stone o 5º maior artista da música de todos os tempos e também votado o sétimo melhor guitarrista do mundo pela mesma publicação.

Ao ouvir Chuck, fica fácil entender o porquê…