Black Sabbath e o começo do fim

O mítico grupo de rock Black Sabbath anunciou que a atual turnê mundial será a derradeira da banda.

De quebra, lançou um disco com quatro faixas inéditas de estúdio e mais quatro canções do álbum anterior, gravadas ao vivo.

The End, o disco, não é bem uma despedida exemplar para o Sabbath, mas consegue mostrar que seus integrantes ainda teriam lenha para queimar em mais um álbum com canções inéditas.

Da formação original, estão três integrantes: Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo e backing vocals). O baterista original, Bill Ward, não participou do disco anterior e nem está nessa turnê atual.

Sobre as canções novas, destaco os riffs sempre poderosos de Iommi em todas as faixas Season Of The Dead, Cry All Night, Take Me Home e Isolated Man pouco acrescentam ao que já foi produzido antes pelo grupo.

Mas nem por isso deixam de agradar o fã mais crítico do Sabbath. Isso porque o Ozzy continua cantando como nunca, e Iommi ainda é um monstro nos riffs. Geezer Butler apenas completa de forma magistral um time que influenciou tudo o que se entende por Heavy Metal no planeta.

As faixas ao vivo até estão bem gravadas, mas pouco acrescentam ao que foi registrado antes em estúdio. Na minha opinião, valeria a pena ter investido em um material inédito. Entendo que assim seria uma despedida mais digna para o grupo.

Quanto a saída dos palcos, não dá nem prá questionar. Os caras já passaram dos 60 anos e alguns deles enfrentaram problemas sérios de saúde, como Iommi, que fez tratamento recentemente contra um câncer. As turnês desgastam muito fisicamente e é natural que eles queiram dar um tempo nessa correria.

Mas vale ressaltar que eles ainda demonstram estar em boa forma no palco.

The End, o disco, bem que poderia ter sido uma mensagem de até breve, porque a fábrica de riffs do Sabbath parece mesmo ser inesgotável e acredito que ainda teria algo interessante para oferecer aos ouvintes que curtem o rock.