Texto porJuicy Santos
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Sedãs: eles estão de volta!

SUV, SUV, SUV…

Parece que durante algum (e duradouro) tempo, o mercado automotivo enxergou apenas as três letras posicionadas fora de ordem, mas que endireitaram as vendas em tempos de crise econômica no Brasil.

As discussões ganharam outro rumo. Depois de tentarmos desvendar os motivos para os SUVs emplacarem tanto, os acalorados debates tinham como tema a autenticidade da carroceria.

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Sedãs. Se dá, se der ou se não der

“Agora tudo é SUV”, disseram.

De fato, nem tudo é. Há os crossovers, modelos mais compactos e com alguma relação com o off road, quando tem. O Honda HR-V e o Hyndai Creta, por exemplo, não têm essa relação com a falta de asfalto e são crossovers. Mas vamos deixar esse assunto dos SUVs para uma próxima coluna, porque a venda deles não impediu outras tendências.

Falamos dos sedãs. Quando os SUVs estavam arrebentando nas vendas houve quem dissesse que os sedãs estavam com os dias contados. Eram grandes, ocupavam espaço nas ruas, difíceis de estacionar e blá blá, blá…então duas montadoras que trabalham com carros de volume, Volkswagen e Fiat chegam em pleno 2018 e pá! Lançam sedãs no mercado. E com o agravante: iniciados do mais absoluto zero.

Virtus

A Volkswagen aproveitou a plataforma MQB (sistema de produção do qual sairão 20 produtos da Unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo) para apresentar o Virtus.

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Em suma, tirando-se uma ou outra diferença, trata-se de um Polo Sedã (o Polo já veio na plataforma MQB). Ou seja, traz o bom e econômico motor TSI já na versão intermediária e acaba com o problema do porta-malas pequeno do Polo.

São 300 litros no hatch, ao passo que o do Virtus tem 521 litros, Esse motor TSI, que na versão intermediária já traz câmbio automático, é um 1.0L com injeção direta. O resultado é mais desempenho com menor consumo de combustível. Se alguém disse que você roda 650 km com o carro lotado e ar-condicionado ligado usando três quartos do tanque, acredite.

Cronos

Então a Fiat foi lá e apresentou o Cronos, que veio no mesmo conceito do Argo, este lançado em 2017. A ideia da marca italiana foi substituir o cansado Siena por uma fórmula revolucionária. O Cronos tem, por exemplo, câmbio GSR, que trabalha próximo do que se entende por transmissão automática, além de ter o câmbio automático propriamente dito em versões melhores.

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Cometeu apenas um erro, como lembrou o colega e amigo Sérgio Quintanilha: com muitos opcionais, o Cronos sobe muito no preço e este não fica tão longe de sedãs mais luxuosos.

Aí, entre um Corolla seminovo e um Cronos novo, muita gente irá, no mínimo, titubear.

Só que o Cronos deveria concorrer com o próprio Virtus, além de Prisma, Etios sedã, HB20S etc. No entanto, com preço acima, fica abaixo na concorrência.

Preços

Correu por fora, mas correu bem, o novo Citroën C4 Lounge. Anda bem por trazer um motor 1.6 THP com nada discretos 173 cv de potência. Tem rodas de 17 polegadas e uma ampla tecnologia full led. Só não faz frente aos outros dois sedãs em virtude do preço. Custa R$ 69.990 na versão de entrada, Live.

E aí você lembra que o Virtus Comfortline 200 TSI foi lançado por R$ 73.490. Com o tal TSI.

É verdade que, em termos de mercado global, os sedãs ainda não fazem tanto barulho assim. O mais vendido em junho foi o Prisma, quinto lugar no ranking geral. Depois vem Corolla (8o no ranking), seguido de Voyage (15o), Ford Ka+ (19o) e HB20S (20o).

Na dúvida sobre as razões de terem sido lançados se ainda não emplacaram, a pergunta sobre o investimento na carroceria foi levada ao marketing de produto da Volkswagem, que respondeu: “Queremos estar em todos os segmentos”.

Então tá…

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