Texto porLuiz Fernando Almeida

Gaydar: Isso não é feitiçaria, é tecnologia!

Diz a lenda que um gay é capaz de identificar outro a quilômetros de distância. Eu nem acho que é lenda, é a mais pura verdade! Porque afinal de contas, um olhar é capaz de revelar muita coisa, não é minha gente?

Para isso basta seguir seu “gaydar”; expressão que costuma ser usada para identificar a capacidade de uma pessoa em apontar se outra é ou não homossexual.

Evidentemente o “gaydar” não tem nada de científico! Ele se baseia apenas em impressões. Mas posso afirmar aqui que o meu funciona com uma margem de acerto absurda. Mesmo antes de tanta tecnologia a nossa disposição eu já identificava gays assumidos ou não; e todo gay tem essa capacidade. Estou mentindo? Claro que não!

Nos últimos anos uma onda de aplicativos para iPhone, iPad e iPod touch e Android passou a oferecer acesso a redes sociais gays usando a ferramenta que faltava para o gaydar definitivo: o GPS. Mas como o sistema de geoposicionamento via satélite ajuda a localizar os gays?

Para baixá-los você precisa de uma conta na Apple Store ou Google Play.

Você faz um cadastro na rede social escolhida. A rede exibe as informações básicas de cada usuário, com nome, foto, idade, medidas e uma breve descrição pessoal. Seu celular passa a fornecer os dados sobre sua localização, em tempo real, para outros membros da rede. A informação é obtida pelo GPS do celular e fica disponível para todos os usuários. Se você preferir, pode ocultar sua localização e receber mensagens apenas quando estiver online. Fica a gosto do freguês!

Os dispositivos normalmente enviam um sinal sonoro que serve para avisar que chegou uma mensagem. Pronto bee, você pode começar a conversar ou não, com a pessoa e se rolar, marcar um encontro!

apps lgbtt

É claro que nem todo encontro que começa com apito no celular precisa ir até as últimas consequências. Algumas amizades também podem surgir. Os perfis são organizados a partir da pessoa que está mais perto até o mais distante.

Vamos conhecer as opções?

O Purpll permite entrar em salas com temas específicos, como “jovens” e “travestis”. O Qrushr tem uma versão só para lésbicas – mas ainda não bombou, as lésbicas são mais avessas a esse tipo “agilidade”.

Os aplicativos podem ser baixados gratuitamente, mas alguns têm versões pagas. O de maior sucesso é o Grindr, que também possue sua versão para BlackBerry. Unanimidade entre os gays, ele foi lançado em março de 2009 e baixado por 1,3 milhão de pessoas em 180 países, incluindo Albânia, Quirguistão, Cuba e até o Irã, onde, segundo o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, não existem gays. Nos Estados Unidos, recordista em usuários, eles já são mais de 600 mil. Esses dados são do ano de 2011, imagina na Copa…

No Brasil o alcance ainda é pequeno: “Ele é ótimo porque você pode ir para qualquer grande cidade do mundo e encontrar gays locais sem dificuldade”, diz Joel Sim Khai, criador do aplicativo. “Todas as pessoas têm conexões perdidas, como o cara que vive em seu prédio e você nunca conheceu.” É aí que os gaydares como o Grindr encurtam o caminho.

Tem também o Scruff onde você localiza gays do mundo todo e os mais próximos a você. O Growrl que é uma versão para a comunidade Ursina e também localiza pessoas no exterior e mais próximas a você. Recentemente descobri o 4bears mas pouca gente ainda utiliza aqui na Baixada.

O Purpll tem salas de bate papo e um micro blog, mas eu ainda não testei.

Baixando em 3,2,1… Depois eu prometo contar se rolar.

Sites como Disponível, Manhunt e Gaydar já tem suas versões de apps para mobiles e tablets em geral. O do Disponível e do Manhunt eu já testei e super funcionam. O Gaydar eu esqueci minha senha e ainda não me animei a fazer um novo cadastro então só conheço a versão para Desktop.

Aqui na Baixada os mais utilizados são Grindr, Scruff e o Growrl. Mas é engraçado porque praticamente são os mesmos usuários cadastrados nos três.

Cidade pequena e assim né  Durante esse verão esses aplicativos devem bombar já que recebemos aqui na Baixada muita gente de fora. As festas de fim de ano já provaram que existe demanda.

Betinho Neto

Betinho Neto

O designer gráfico Betinho Neto é usuário de alguns desses aplicativos e afirma que a vantagem é simples: “Você encontra sexo rápido! Não serei hipócrita em dizer que não faço sexo casual por que faço. Não dói nada e tira rugas da pele. O bom desses aplicativos é que você pode encontrar pessoas onde estiver, no bar, em casa, na casa do amigo, só colocar o “Quem está perto” e ta lá, o cidadão a 100 metros de você e se rolar afinidades, vamos que vamos! Não sei por que as pessoas se espantam, usando camisinha que mal tem? É claro, você conhece pessoas legais que estão a fim de conversa ou de namoro, mas é como buscar agulha no palheiro”.

Por enquanto o público homossexual masculino domina os aplicativos. “Os homens são mais abertos a conhecer parceiros online e sempre foram os primeiros a abraçar as oportunidades que as novas tecnologias trazem na busca de relacionamentos”, diz Sim Khai.

O criador do Grindr afirma que uma versão para o público heterossexual está sendo desenvolvida. “Nosso desafio é disponibilizá-lo para todos os públicos: homens, mulheres, heterossexuais ou gays, em qualquer lugar do mundo”, afirma.

Mas não posso deixar de fazer a tia velha e dar aqueles conselhos (que ninguém segue), mas vou repetir aqui mesmo assim:

  • Não haja por impulso e vá encontrar alguém antes de ter o mínimo de informações suficientes a respeito dessa pessoa.
  • Marque encontros em locais públicos e SEMPRE avise alguém onde esta indo e se tiver, deixe o telefone da pessoa que vai encontrar.
  • Sexo Seguro sempre né, fia?

Então podem começar a baixar seus aplicativos e divirtam-se!