Praça Mauá e França: uma conexão direta

Eu nunca fui à França.

Apesar disso, conheço várias ruas das cidades mais famosas – não só de lá, como de diversos países – graças ao street view do Google Maps e ao tempo ocioso da minha pré-adolescência.

Por isso, sempre que passo pela Praça Mauá, tenho uma sensação de dejavú.

Algo ali é familiar, eu só não sabia o quê e de onde eu conhecia.

Numa última, visita decidi pesquisar e descobri do que se tratava. Descobri que é a praça em si.

Em 1939, o local foi reurbanizado e o plano era bem similar aos jardins do Palácio de Versalhes.

A estátua que fica ali é uma replica da Nymphe à la Coquille, do escultor Charles Antoine Coysevox (a original está no Louvre e a cópia, no Jardim de Versalhes).

Segundo informações que podem ser encontradas no site do museu, a estatua foi encomendada em 1683 e a execução tem como base o acervo da família italiana Borghèse.

Ela pertence a uma série de cópias de obras antigas, então controladas pelo rei, que expressam admiração pela arte clássica , enquanto há introdução de muitas variações em comparação com o original.

A versão santista, projeto de Plínio Botelho do Amaral, é esculpida em bronze.

A pose tem uma grande semelhança com a original, feita em mármore.

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No fim do século XX, a Praça Mauá voltou a ser reformada.

Dessa vez, o espaço ganhou um banheiro e uma fonte ajardinada, em volta da estátua.

Arte no caminho pro trabalho

Na praça mais movimentada do Centro Histórico, o vai e vem não para, seja de pessoas que esperam o ônibus, usam os banheiros públicos ou esperam alguém para um encontro marcado.

A Martha, por exemplo, estava sentada bem pertinho do monumento, mas confessou que não sabia do que se tratava.

“Trabalho aqui perto, então passo na praça todos os dias, mas nunca olhei para ela”.

Apesar disso, ela se diz fã de arte e sonha em conhecer o Louvre.

Se a viagem se concretizar, ela vai se deparar com essa escultura aqui e provavelmente vai lembrar do caminho que faz para ir trabalhar: