Texto porPaulo Rogério

Sedã ou SUV? O mercado automotivo aposta nos dois

A semana passada foi bem loka para quem trabalha no Jornalismo Automotivo.

Três apresentações, três lançamentos, três lives, três notícias completamente diferentes.

Um sedã (Caoa Chery Arrizo 6), um SUV (Volkswagen Nivus) e uma picape (Fiat Strada).

Está certo que a Strada deveria ter sido lançada no início de abril, não fosse um certo vírus. Mas isso é outra história.

O que chama a atenção aqui, além do mercado não estar a fim de estagnar: tivemos, em três dias, um sedã, um SUV e uma picape.

Um sedã. por que um sedã?

Já disseram que os compridões estão com os dias contados, pois o consumidor migrou (e gostou) para os SUVs. Houve quem decretasse o óbito do segmento.

E a resposta do mercado nesses tempos tem sido a inversa, ou seja, a de investir nos carros com o porta-malas para fora.

Em setembro do ano passado, a Toyota trouxe o Corolla híbrido flex…híbrido e flex…quer dizer, tem um motor elétrico e o propulsor a combustão aceita álcool.

Em suma: dá pra rodar muitoooo com o novo Corolla, porque carros híbridos são quase sempre bastante econômicos. O Corolla, por sinal, segue sendo o mais vendido do mundo. Sedã.

Logo depois, a Kia lançou no Brasil o Cerato com motor 2.0. Aceleramos e podemos dizer que ficou um espetáculo. Agora a Caoa Chery trouxe o Arrizo 6 em um momento no qual (bonito isso) a marca vem melhorando bastante seus produtos. Então a concorrência está aberta no universo dos sedãs, ainda que haja quem considere este um universo paralelo.

Lá para 2017, teve um lançamento de sedã no momento do ápice dos SUVs. O executivo na marca disse que a ideia é estar presente em todos os segmentos, ter ao menos um produto em cada setor. Compreensível.

Sedã ou SUV?

É evidente que os SUVs seguem com uma parcela mais que considerável das vendas. Tem a história da posição mais altinha de dirigir (aliás, o Fox começou com esse conceito lá em 2003), o porte maior do carro, a transmissão de segurança a bordo etc. Entre as mulheres, a carroceria é a campeã.

Só que o que se ganha em volume às vezes se perde em qualidade. Porque, quando o mercado percebe que um segmento está em alta, começa a investir pesado nele.

O problema está na banalização do setor, no risco de chamar qualquer coisa de SUV.

O Inmetro, por exemplo, classifica como SUV o carro que tenha ângulo de entrada (parte de baixo da frente) de 23º, ângulo de saída (traseira) de 20º e altura livre do solo de 200 mm.

Se obedecer a dois desses critérios, pá! É um SUV. Nessa linha, até Renault Kwid e Honda WR-V são SUVs.

E você? Prefere sedã ou SUV?