Os esportivos que habitam nossos sonhos no Salão do Automóvel 2018

Duas histórias diferentes e um fundamento.

Já tinha chovido uma barbaridade na Zona Sul de São Paulo. O volume de água era menor, mas a pista seguia longe de estar seca.

A Ford não teve dúvidas em colocar os novos Mustang nos boxes e começar a formar a lista de jornalistas que dariam duas voltas ao volante. Não tinha balaclava, capacete, nem luvas. Teve um live que mandei para minha conta no Instagram (@paulorogerioficial). Foram duas voltas sem sustos e com adrenalina extrema, tendo ao meu lado a colega e amiga Claudia Carsughi.

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Com a proximidade do Salão do Automóvel de São Paulo, trazemos uma certeza: a de que os estandes que têm os superesportivos serão os mais disputados. Quem vai a um salão em busca de modelos que serão encontrados aos milhares já no estacionamento?

Esportivos, uma história de amor

A verdade é que carros mexem com os sonhos e superesportivos conduzem a uma espécie de Nirvana. Imaginar-se a bordo de um desses modelos, os quais arrancam na primeira aceleração, têm altos controles de tração e estabilidade, freiam com total segurança, têm pneus adequados para qualquer tipo de curva e de condições de pista mexe com muita gente, principalmente a maioria que não tem como mexer no bolso para levar um desses à garagem.

É evidente que um superesportivo não precisa ser o carro do dia a dia (e quem pode pagar por um nem o utiliza para tal). Mas as montadoras têm trabalhado nesse sentido.

Ou seja, você está a bordo do seu carro e, ao lado, encosta o Mustangão do cidadão que está apenas a caminho do escritório em uma manhã chuvosa. É isso que as marcas querem.

E por que raios as marcas investem em carros que, desde o projeto, custam muitos zeros? Porque querem estar em todos os nichos.

Foi o que me disse um executivo da Volkswagen quando questionei sobre o investimento no Virtus, um sedã que chegara em termos de SUVs. O pensamento vale para os superesportivos. Onde houver pelo menos um possível comprador, ali eu estarei.

Bagatela

No caso da Ford, a estratégia deu certo. O Mustang esgotou nas pré-vendas, quando chegou pela bagatela de R$ 300 mil. Veio com um motor 5.0 V8 (!) com 466 cv de potência.

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No caso da Kia, tem tudo para emplacar. A marca lançou há duas semanas o Stinger, primeiro modelo que os coreanos trazem visando a adrenalina. Foi uma festa cheia de pompa em São Paulo, regada a diversas celebridades e youtubers. Traz um motor biturbo V6 com 370 cv de potência e custa perto de R$ 400 mil.

A Akta, concessionária da marca na Baixada Santista, levou clientes ao evento. Saiu de Santos com um modelo vendido e voltou com mais duas compras.

Mustang e Stinger estarão pelo Salão, que deve contar também com Nissan Nismo e Chevrolet Camaro, entre outras joias da indústria automobilística. E se alguém pensa em aparecer no São Paulo Expo para ‘ver se vê uma Ferrari’, elas costumam aparecer por lá também.

Pode soar estranho falar em carros com três dígitos no preço em tempos de incertezas políticas e econômicas, mas as marcas não parecem muito preocupadas com isso, assim como não esquentam a cabeça para as dúvidas a respeito de onde andar com um carro desses, até porque muitos dos compradores colocam essas pérolas nas estradas.

Deve figurar por lá também o BMW M5, que traz um V8 4.4 litros a gasolina, capaz de acelerar aos 600 cv de potência (a 5,7 mil giros) e com um torque de 76,5 kgfm a 1,8 mil giros. A transmissão é a automática de oito velocidades e as rodas têm 20 polegadas. Ah, o 0 a 100 km/h se dá em 3,4 segundos. O 0 a 200 por hora sai em 11,1 segundos. Custa ‘apenas’ R$ 695 mil.

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