Texto porLudmilla Rossi
Santos

Maycow Montemor da Revista Studio Box em entrevista para o Juicy Santos

Maycow Montemor é um jovem empreendedor de Santos que agita o mercado editorial da cidade com sua Studio Box. Diretor da M.Montemor Editora (responsável pela Revista Studio Box entre outras publicação corporativas), ele está sempre sorrindo e ligado no que acontece em Santos e no mundo.

Ontem foi dia internacional da mulher, e tenho muito orgulho de ter sido escolhida por Maycow como uma das “10 mulheres” da capa de sua publicação. No dia do ensaio contei a ele sobre o Juicy Santos em primeira mão, e já logo avisei que ele estaria presente por aqui. Dito e feito! Uma verdadeira honra para o Juicy!

JS – A Studio Box ajudou a definir um patamar de qualidade gráfica e de “número de páginas” nas publicações da região. Como foi esse processo?
MM – A Studio Box é um produto Europeu, logo sua ideia é seguir um alto padrão, o que explica a qualidade e espessura do papel que utilizamos. O número de páginas aumentou de acordo com o crescimento do público, nossos leitores são exigentes e bem informados, portanto focamos em matérias bem contextualizadas e com fontes especializadas. Como a periodicidade é bimestral transformamos a publicação em uma espécie de “revista de cabeceira”. Quanto a “definir um patamar”, acredito que estamos distante disso (risos), mas quem sabe um dia?

 

JS – Qual a sua formação? O que o levou a criar um veículo de comunicação?
MM – Antes da Studio Box, era proprietário de uma loja de CD e DVD, que ganhei do pai quando fiz 18 anos. Não sabia nada de administração, o que entrava na loja eu gastava, e isso vai acabando com o negócio. Então um cliente me indicou para trabalhar na revista Ecoturismo. Na época, eles precisavam de alguém com senso crítico bem aguçado, para ser ombudsman. Mas imagina, eu com 20 anos, que know how teria, para falar de uma empresa com 15 anos de estrada? Então comecei a cuidar disso e também da parte financeira. Mesmo com pouca experiência, consegui bons resultados. Era uma tarefa que gostava, mas nada que me fizesse querer permanecer ali para sempre. Foi quando resolvi morar em Portugal, em abril de 2004.

Estava na cafeteria Sportcafé, em Viseu, Portugal, quando me deparei com algo que chamou a atenção: uma revista Studio Box. Na capa, uma ruiva lambia um negro, pensei: Nossa! Isso é radical, muito legal… Santos precisa de uma revista assim: jovem, diferente, criativa. E foi assim!

 

JS – A edição de março da Studio Box traz as 10 mulheres de mais destaque da baixada santista. Quem você escolheu para a edição? Como foi o ensaio?
MM – As escolhidas foram Cristiane Maia, Clarice Esteves, Iara Migotto, Irani Sanches, Juliana Goes, Letícia Henrique, Lolla Abdouni, Ludmilla Rossi, Mônica Figo e Sandra Ceolin. Cada uma em sua função, porém com uma característica em comum: muito batalhadoras. A escolha é feita através de muito “feeling”, diria. Vou aos eventos, presto atenção em quem está na mídia. Sair na capa da Studio Box é uma questão mais de merecimento do que qualquer outra coisa. O ensaio foi maravilhoso! Quisemos proporcionar um dia de princesa para as mulheres, todas ficaram lindas e luxuosas, ressalto que isso não aconteceria sem nossos parceiros da revista, afinal meus clientes são parceiros, amigos. Santos é uma cidade que “uma mão lava a outra” e todas juntas empurram para frente.

 

JS – Você divulgou a capa da edição especial no Facebook antes da edição ser distribuída, que por sinal foi muito comentada (literalmente). Por que utilizou essa estratégia?
MM – A edição das 10 mulheres é muito aguardada pelo nosso público e as mídias sociais vieram para somar aos veículos impressos. Postamos a foto para dar apenas um aperitivo do que está por vir. A velocidade com que a informação se propaga hoje é muito diferente de tempos atrás. Fazer um teaser de lançamento como nós fizemos, ajuda a mensurar em quanto tempo o produto (revista) vai esgotar e qual a repercussão do assunto escolhido.

 

JS – Por que escolheu Santos para lançar a revista? Quais são os planos futuros da publicação?
MM – Percebi uma necessidade deste tipo de mídia em Santos, a cidade gosta deste tipo de divulgação e, além disso, é o lugar em que nasci. Vim para cá com um teor completamente voltado para a cultura e hoje estamos com conteúdo mais para o público feminino com matérias de comportamento, estética, saúde, atualidades. Acredito no potencial da cidade e principalmente no meio que circula a revista, que é propositalmente seleto.

 

JS – O que você acha que está por vir no mercado editorial? Como vê a chegada das publicações para dispositivos móveis?
MM – O mercado editorial está crescendo demais com as publicações segmentadas, o leitor que quer informação rápida de verdade sobre cotidiano encontra em diversos sites pela internet, o que automaticamente faz com que o corpo jornalístico de uma revista se empenhe em buscar material cada vez mais novo e aprofundado. A chegada das publicações para dispositivos móveis é algo que vem complementar o impresso, mas ainda, reitero AINDA não tem uma vida própria, creio que no espaço de 2 a 5 anos se torne fundamental e não apenas hype como hoje. A Studio Box já estuda a publicação para dispositivos móveis para que dentro do período de maior crescimento já estejamos com este tipo de produto maduro e bem desenvolvido.