Texto porLuiz Gomes Otero

Led Zeppelin e a reedição antológica de The Song Remains the Same

O Led Zeppelin estava no auge em julho de 1973. As três apresentações da banda no Madison Square Garden, em Nova York, foram gravadas para o filme The Song Remains The Same.

A trilha sonora do filme, produzida por Jimmy Page, teve seu lançamento original em 1976.

E, agora, para delírio dos fãs, acaba se ser relançada com nova remasterização.

O álbum The Song Remains the Same nasceu com base nos três shows nos Estados Unidos. E o filme ganhou um novo material gravado em um palco sonoro no ano seguinte. A passagem do tempo, aliás, exigiu que o baixista John Paul Jones usasse uma peruca.

Na biografia When Giants Walked the Earth (Quando os Gigantes Andaram na Terra), Jimmy Page comentou que essa trilha sonora “não era necessariamente o melhor material ao vivo que tínhamos, mas era o material ao vivo que acompanhava as filmagens, então tinha que ser usado. Então, você sabe, não foi como uma noite mágica. Mas não foi uma noite ruim. Foi uma espécie de noite medíocre. ”

Exageros à parte de Page, para os fãs, o que ficou foi um dos registros ao vivo mais importantes daquela década. Principalmente porque conseguiu mostrar os músicos no auge de sua forma artística.

Page está especialmente brilhante conduzindo os riffs e os solos, enquanto John Paul Jones (baixo e teclados) e John Bonhan (bateria) fazem um trabalho de apoio que dispensa qualquer tipo de comentário.

Outro que mostra todo o seu talento é o vocalista Robert Plant, uma das vozes mais características do rock de todos os tempos.

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O repertório do álbum inclui hits do Led Zeppelin antológicos, como Stairway To Heaven, Black Dog, Rock’n Roll e Whole Lotta Love, além de outras que reforçam a genialidade da banda, como as ótimas Over The Hills And Far Away e a etérea The Rain Song.


A qualidade desse relançamento de um dos maiores clássicos audiovisuais do rock é superior aos anteriores, o que acabará atraindo a atenção dos fãs da banda que ainda sonham com a volta do grupo no futuro. Para mim, que vivenciei a década, ouvir esse disco soou como uma saudável volta ao passado, um tempo em que o rock conseguia traduzir em riffs os sonhos de seus fãs.