Texto porLuiz Gomes Otero

Franz Ferdinand sempre subindo com Always Ascending

Fundada em 2002. a banda escocesa Franz Ferdinand chega ao seu quinto disco de estúdio, Always Ascending. O trabalho mantém a mesma pegada indie rock dançante, bem característica do grupo desde o início.

Esse lançamento encerra um hiato de quatro anos, desde o álbum Right Thoughts, Right Words, Right Action, de 2013. Marca também a nova formação com a entrada de Dino Bardot e Julian Corrie e a saída do guitarrista e tecladista Nick McCarthy.

Para produzir Always Ascending, a banda trabalhou com Philippe Zdar, membro do grupo musical francês Cassius e colaborador da banda Phoenix.

O som do Franz Ferdinand é inspirado por grupos dos anos 70 e 80, como o Talking Heads. Quase todas as faixas desse novo trabalho atestam essa tese. O primeiro single, Lazy Boy, e Paper Cages são dois exemplos disso. A faixa que deu o título ao disco também merece destaque.

E ainda há ecos de David Byrne também nas faixas Lois Lane (o nome da namorada de Clark Kent, o Superman) e Feel The Love Go.

Gostei muito da faixa Huck And Jim, cujo riff se aproxima muito do mainstream, para depois cair no clima dançante que pontua o disco. A faixa Finally tem essa mesma receita infalível da banda.

Para o alto e avante

O ponto positivo do Franz Ferdinand é que o grupo consegue passar uma coerência ao produzir um som inspirado nos loucos anos 80. No entanto, há um frescor de século XXI. Já estamos falando de uma banda longeva, que começou a fazer sucesso nos idos de 2000 e se reinventa a cada álbum.

Aliás, essa tem sido uma tônica do indie rock – reciclar velhos conceitos tornando-os audíveis nos dias atuais.

Em tempo: quem gosta de FF vai poder ver os caras tocando ao vivo neste fim de semana (dias 11, 12 e 13 de outubro) mais uma vez no Brasil. Os rapazes parecem curtir bastante o país.

Shows do Franz Ferdinand no Brasil

  • 11 de outubro: Ópera de Arame – Curitiba
  • 12 de outubro: Tom Brasil – São Paulo
  • 13 de outubro: Natal (RN)