Texto porFlávia Saad
Santos (SP)

Livro conta a história da escola de samba X-9

O ano era 1954.

Os fundadores de uma nova agremiação precisavam de autorização da Delegacia de Diversões Públicas. O delegado, antes de autorizar, chegou a classificar os sambistas como marginais.

Como resposta, compuseram o samba que batizou a escola: X-9.

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A Pioneira do Macuco, como ficou conhecida, tem sua história contada de forma inédita no livro Não somos bandidos – a história da escola de samba santista X-9, de Odair José Pereira (Ateliê de Palavras).

O lançamento acontece hoje (quinta-feira, 15 de dezembro), às 18 horas, na Casa da Frontaria Azulejada, que fica na Rua do Comércio, 92, Centro.

O livro

O historiador reúne, em pouco mais de 200 páginas, relatos de 1944 a 1954. Mas não fica só nisso: a obra traz as origens do Carnaval de Santos, mostrando as famosas batalhas de confete, os movimentos carnavalescos e a interferência da imprensa, chegando na formação das primeiras escolas de samba, como a X-9.

Vale mencionar: o nascimento e crescimento da festa e do samba na cidade têm relação direta com os quilombos do século 19 e com os movimentos dos trabalhadores, principalmente portuários.

Ainda na década de 40, a escola do Macuco subiu a serra e ganhou carnavais em São Paulo. Na década de 1950, fez muito sucesso na Capital, a ponto de influenciar, inclusive, a criação de sambas-enredo.

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O livro conta também a história das primeiras personalidades importantes do carnaval, como Tia Inês e Dráuzio da Cruz, que deu nome à passarela do samba, na Zona Noroeste.

O autor

Odair José Pereira é formado em História pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). É professor de História, atualmente, na rede estadual de ensino. Em 2017, inicia um mestrado em História na Universidade Federal do ABC.

Não Somos Bandidos teve origem em seu TCC, com texto adaptado para o mercado editorial.