Texto porVictória Silva
Jornalista, Santos

Lançamento de obra inédita de Abrahão Sanovicz em Santos

Arquiteto de formação, artista plástico e professor, Abrahão Sanovicz não deixou que nenhum momento de sua vida passasse em branco. Pelo contrário, o santista defendia que um dia sem desenhar era um dia perdido.

Por isso, estava sempre fazendo rabiscos sobre um papel. Em todos os momentos e lugares.

Não é preciso dizer que sua obrar é rica, detalhista e digna de uma publicação que a homenageie e faça os futuros arquitetos de Santos e todo o país lembrarem-se desse grande profissional, né?

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Pois bem, o lançamento de Abrahão Sanovicz: desenhos e gravuras acontece no dia 23 de junho (sexta-feira), às 19 horas, na Livraria Realejo (Av. Marechal Deodoro, 2, Gonzaga).

Lançado pelo Sesc São Paulo, o livro reúne trabalhos artísticos do arquiteto e revela, pela primeira vez, a faceta de desenhista e gravurista de Sanovicz. Todo o conteúdo foi organizado pela neta do artista, Fernanda Sanovicz, que os distribuiu de acordo com seus temas mais recorrentes: desenhos autorreflexivos feitos em reuniões, judaicos, diálogos visuais com outros artistas, nus, objetos, paisagens, pessoas, desenhos em pastel e gravuras.

Fernanda também assina o texto de introdução do livro, em que explica a trajetória e influência do vovô China, com quem passava madrugadas inteiras conversando.

Lançamento

O lançamento do livro Abrahão Sanovicz: desenhos e gravuras acontece dia 23 de junho (sexta-feira), às 19 horas, lá na Livraria Realejo.

Na ocasião, estarão presentes Fernanda Sanovicz, organizadora, e Helena Ayoub, autora do texto da publicação, que conversam sobre a obra e o arquiteto. O livro custa R$ 65 e pode ser encontrado na livraria, em todas as unidades do Sesc SP (capital e interior) e online.

A participação no bate-papo é gratuita.

Sobre Abrahão Sanovicz

Nascido na Vila Mathias, Abrahão Sanovicz teve seu primeiro contato com a cultura ainda em Santos, onde frequentou as cenas teatrais e cineclubista. Ainda jovem, fez um curso de desenho técnico e passou a trabalhar em um escritório de desenho, onde teve seus primeiros contatos com a arquitetura.

Formou-se em 1958 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, e logo depois foi trabalhar em um escritório de desenho industrial em Milão.

Atuou como docente no curso da FAU-USP, onde, além de admirado mestre de muitos, foi ativista das causas urbanísticas e criador de importantes projetos arquitetônicos.

Entre suas criações estão: prédios escolares para o IPESP (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo); o primeiro projeto de reurbanização do Vale Anhangabaú, em São Paulo; o Teatro Municipal de Santos; o Fórum de Bragança (SP) e outros.