Texto porJuicy Santos
Santos

Bleach: dos mangás para a Netflix

Já vem de um certo tempo o flerte da Netflix com as animações japonesas.

Mantendo muitos animes originais em seu acervo, além de adaptações com atores de carne e osso, o serviço de streaming dá cada vez mais espaço para o gênero.

Algumas vezes, ela nos apresenta produções de gosto duvidoso, como o longa live action de Death Note, que deixou muitos fãs de cabelos em pé. No entanto, veja bem, há situações em que essas produções tornam-se adaptações que agradam tantos os fãs quanto quem nunca viu a obra original. E esse é o caso de Bleach, obra homônima de Tite Kubo, autor do famoso mangá.

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Bleach: dos mangás para a Netflix

No longa, conhecemos Ichigo, um jovem estudante do ensino médio que tem uma habilidade especial.

Ele consegue enxergar espíritos.

Este dom o acompanha desde a infância, fazendo com que, às vezes, precise ajudar uma alma penada ou outra. Porém, essas ajudas começam a ficar mais sérias quando ele acaba esbarrando com uma ceifeira, uma agente da sociedade das almas, a Soul Society. Ela entra em nosso mundo para encaminhar almas perdidas ou enfrentar espíritos vingativos que se tornaram monstros. Pois é, caso você morra de alguma forma violenta, deixe assuntos inacabados ou seja uma pessoa má, pode acabar se transformando em um monstrão chamado Hollow, quando partir dessa para melhor.

Essa ceifeira chamada Rukia acaba sendo incapacitada por um Hollow e precisa passar seus poderes para Ichigo lidar com a tal criatura. Mas ela não consegue recuperar seus poderes. Até que ela consiga, o rapaz, mesmo que contrariado, passa a exercer essa função.

Quem conhece o anime pode esperar muita fidelidade, tanto no visual quanto interpretação dos personagens.

Um dos destaques é o capitão da 6ª divisão, Byakuya, interpretado pelo músico e ator Miyavi. O artista fez grande sucesso no início dos anos 2000 com o estilo de rock visual kei. De uns tempos pra cá, ele vem investindo em sua carreira internacional como ator, tendo participado de grandes produções como Invencível e Kong: A Ilha da Caveira.

O protagonista Ichigo, interpretado pelo ator Sota Fukushi, é conhecido pelos fãs das séries Kamen Rider por ser o Kamen Rider Fouze. De ação, o rapaz entende. Já Hana Sugisaki, que vive Rukia, não é estreante em adaptações de mangás e animes. A atriz já participou da adaptação de Blade The Last Immortal como Rin Asano.

Pode colocar na lista

Em relação à parte técnica, o filme apresenta algumas cenas bacanas, com explosões e muita destruição em cenários urbanos. Já os efeitos especiais utilizados principalmente nos monstros não deixam nada a desejar para as produções hollywoodianas. E, quanto aos combates, são muito bem executados. Em algumas partes, os movimentos lembram até outra grande adaptação dos animes, Rurouni Kenshin, considerado até hoje como uma das melhores produções baseadas em um anime de todos os tempos.

O longa conta o início das aventuras do shinigami de cabelo laranja (desculpe, tentei escrever ceifeiro enquanto deu). Mostra um pouco da relação dos personagens. Futuramente, eles virão a se tornar fundamentais para a trama, em caso de continuação.

Um dos pontos bacanas deste longa é exatamente isso. Contar a primeira aventura de Bleach e fechar a história sem deixar muitas pontas soltas. Quem acompanhou o manga e o anime sabe que o longa representa apenas a ponta de um iceberg. E, caso não queiram prosseguir com continuações, o filme fecha a história de uma forma redondinha.

Por este motivo, o filme poderá agradar tanto quem conhece a história, quanto quem desconhece a saga de Kurosaki Ichigo. Assista sem medo de ser feliz!