Texto porLuiz Gomes Otero

Strike: buscando novos sons

A banda Strike vem colecionando uma série de conquistas nos últimos anos, como a de 2013, no tradicional Prêmio Rock Show, realizado em Santos. Na ocasião, foi a grande vencedora da noite, levando o prêmio de Artista do Ano no palco da Capital Disco.

Agora, a expectativa dos fãs é quanto à nova formação, que conta com o baterista Bruno Gravetto (ex-Charlie Brown Jr. e A Banca).

www.juicysantos.com.br - entrevsita com a banda strike

Em entrevista para o Juicy Santos, o vocalista Marcelo Mancini conta detalhes sobre essa nova fase da banda e os projetos para o futuro.

Como está o trabalho do grupo com essa nova formação?
Marcelo Mancini – Estamos curtindo muito a oportunidade de trabalharmos no disco novo com essa nova formação. Isso nos possibilitou buscar novas sonoridades, estamos arriscando novas fórmulas também e a dinâmica criativa do grupo ficou bem diferente com essas novas peças na engrenagem. Algumas pessoas tendem a desconfiar quando uma banda muda de integrantes, mas no nosso caso, por experiência própria, posso dizer que nossa confiança aumentou e essas mesmas pessoas que desconfiam podem se surpreender com as novas músicas.

O novo disco deve ser lançado neste semestre. No que ele difere dos trabalhos anteriores?
Está mais groove que os outros, demos uma boa flertada com o reggae, mas sem deixar de ser rock, as letras estão mais maduras e a atitude “Strike” continua presente no som.

Na última década o grupo contabilizou muitas premiações e inclusão de músicas em trilhas de produção de TV. Como isso afetou o trabalho da banda?
Afetou de uma forma bem positiva. Soubemos aproveitar bem todos esses acontecimentos da melhor forma, mas nunca deixamos nossa carreira ser dependente disso, apesar dessas portas serem ótimas para o trabalho. A consolidação de uma carreira vai muito mais além disso.

Nesta década e nos anos 90, surgiram muitas bandas de rock em Minas Gerais. Na sua opinião, por que o Estado mineiro gerou tantos grupos nesse estilo?
A distância do eixo Rio-São Paulo ajudou de uma certa forma, pois não estar perto desse circuito acabou te obrigando a melhorar sempre a qualidade do trabalho. Minas Gerais é um Estado bem musical, exportando vários talentos pro cenário nacional. Isso ficou nítido nesses últimos anos.

Como você avalia o mercado para as banda novas de rock, que de uma certa forma, perdeu um pouco de espaço nas rádios?
Não acredito que perdemos espaço. Nosso último disco, “Nova Aurora” , foi o nosso melhor momento radiofônico da carreira. Então, acredito que quem fizer música boa terá seu espaço.

Como funciona o processo criativo da banda Strike?
Cada música funciona de uma forma. Não temos um processo único, porém, tudo que foi feito até então foi na base da raça, muito mais transpiração que inspiração.

Como você avalia o uso da internet para as bandas?
Vital pra qualquer artista, independente do gênero. A rede mundial hoje é o maior portal de divulgação, sem sombra de dúvidas.

Quais são os planos para o futuro?
Lançar nosso quarto disco, que será dividido em três EP’s. E depois lançar nosso primeiro sonhado DVD.