Texto porLuiz Fernando Almeida

Amor platônico inspira novo álbum de Sam Smith

Recebi a missão de escrever a respeito do cantor Sam Smith.

“Quem?”, perguntei à Flavinha Saad quando chegou o inbox…

Eu não sabia quem era essa mona até ontem. Mas fui pesquisar e descobri que já tinha ouvido suas parcerias com os tops da musica eletrônica da atualidade, como Disclosure e Naughty Boy, só não fazia ideia de como era a fuça da linda.

Seu falsete tem sido comparado a nomes como Whitney Houston e Adele. Za meu zen!

sam smith é gay

A nova sensação da música britânica foi manchete na mídia mundial por uma razão diferente, depois de sua entrevista a Revista The FADER. Na revista, Sam Smith saiu do armário, mas fez isso de uma maneira mais coloquial do que declaratória. E eu achei bem chique!

Quando perguntado sobre seus relacionamentos passados​​, Smith respondeu:

“Eu nunca estive em um relacionamento antes. Eu só estive em relacionamentos unilaterais, onde as pessoas não me amavam de volta”.

Agora, ao lançar o clipe de “Stay with me” do álbum ‘In lhe Lonely Hour’, seu primeiro, o cantor assume:

“É sobre um cara por que eu me apaixonei no ano passado, mas não fui correspondido. Acho que agora superei, mas eu estava em um período sombrio. Eu me senti sozinho pelo fato de que antes eu não me sentia amado”. 

Na entrevista, o cantor assume que o álbum foi escrito para este amor não correspondido, sem revelar quem foi seu muso inspirador. Ele admitiu que disse ao homem sobre seus sentimentos para tirá-los do peito.

“Agora e eu posso seguir em frente e espero encontrar um cara que possa me amar do jeito que eu o amo”, disse Smith.

Quem nunca? Super te entendo bee, às vezes basta apenas comunicar sem esperar nada de volta.

Gays e paixões platônicas andam de mãos dadas desde que o mundo é mundo. Talvez pelo fato de idealizarmos mais, ou até mesmo, por vivermos presos aos tais modelos heteronormativos de comportamento, como comentei na semana passada.

Não sei direito. Historicamente, sempre fui dado a longas paixões platônicas sem nenhuma esperança – o vizinho da frente, o garçom do restaurante, o outro cara gay que não tem nada a ver comigo, o potencial bofe com problemas de relacionamento com a humanidade e assim por diante. Perguntem-me pessoalmente com a quantidade adequada de álcool que eu conto, meu passado me condena.

Mas cada vez mais acho que isso é um sinal de baixa autoestima, de achar que não merece a felicidade e/ou não se sentir seguro enfrentando a realidade. Insistir no que não pode dar certo (alguém tem um relato de paixão platônica que foi para a vida real e deu certo? Gostaria mesmo de saber) é como se cortar para lembrar que ainda consegue sentir alguma coisa. Será que vale a pena? Não é melhor viver a paixão dos outros em livros, filmes e músicas e parar de palhaçada com a própria vida sentimental?

Penso de que vale mais a pena passar vergonha a passar nervoso. Vou contar um segredo: a pior coisa que pode acontecer é você ouvir um “não”. Do chão não passa. Ok,consigo pensar em uns 512 cenários de desastre quase piores do que um simples “não”, mas vocês entenderam. Amor platônico que dá certo e mendigo que carrega manual de LIBRAS, só na ficção mesmo.

Nem todo mundo tem a possibilidade de gravar um disco pra exorcizar seus amores, não é mesmo? Então, se você está vivendo algo parecido, da um play ai nas musicas da beesha e chuta que é macumba.

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