Texto porLuiz Fernando Almeida

Familiaridade + bafos do universo LGBT da BS

O que eu gosto mesmo é intimidade, confiança, cumplicidade e todos os sinônimos provenientes desta raiz comum: familiaridade.

Ser familiar significa compartilhar verdades, abrir o peito e a alma, deitar a cabeça no ombro e no colo, ficar em silêncio ou então decifrar o enigma de um olhar.

Gosto da linguagem íntima que criamos quando já conhecemos a pessoa. Por isso a satisfação de rever a família, de chegar em casa, de conversar com amigos que nos entendem e nos conhecem, mesmo que não concordem com o que vamos dizer, com a familiaridade de um toque e do abraço quente de um grande amor.

Familiaridade + bafos do universo LGBT da BS

Precisamos mais de apertos de mão com olhos de hospitalidade, nos sentirmos apegado, confiar mais, ouvir e dizer o que sentimos e saber pedir desculpas quando erramos, porque não pedir desculpas, e uma falha de caráter gravíssima.
Por que guardar aquela felicidade enorme só pra nós? Que tristeza que é prender no peito uma dor e não termos uma ponte com o continente mais próximo e padecer em nossa ilha de ensimesmamento e conforto sozinhos?

Colo, orelha, olhos, mãos… pode ser no sofá, na cama, num balcão ou mesa de bar…
Se tiver longe ou difícil: telefone, carta, telegrama, e-mail… não faz mal, tá com pressa, então pode ser na esquina, sentados na calçada da rua, no banco da praça, mesmo durante a caminhada na praia. E por que não?

Abuse dos blogs e redes sociais, mas aproximem-se, construam pontes e alicerces firmes, abaixem as cercas das fronteiras, afrouxem os olhares e percebam que há pessoas no mundo pessoas que te amam e que podem te amar e que você pode confiar.

Às vezes é difícil, eu bem sei, falar é tão fácil e poético, mas tenho aprendido a lição: refaço-a todos os dias à noite em silêncio, tentando decorar e soletrar sozinho, compreendendo o conteúdo pra viver e pra ensinar quem ainda vem atrás e não percebeu:).

Adoro ouvir um “que bom te ver, que saudades eu tinha de você, venha aqui quero te contar tanta coisa!”. A intimidade e a cumplicidade criam uma nova geografia, onde não há espaço pra tantas reservas e dissimulações, onde nos sentimos em casa seja lá onde estivermos.

Aí, podemos expressar a linguagem de experiências e histórias compartilhadas. Confiar e ser familiar é tão bom…

Falar com as pessoas que amamos, evidencia a diferença de falar com qualquer outra pessoa: poder dizer o que se sente, o que se teme, o que amamos ou, simplesmente, sermos o que somos é uma experiência essencial na vida:).

BAFOS DA BAIXADA SANTISTA

As meninas da Oficina do Imaginário convidam a todos para o bota fora do Bar do Espaço Teatro Aberto que acontece amanhã (sábado), 14/12, lá no Bar mesmo e tem discotecagem do seu, do meu, do nosso Wagner Parra, além de atrações surpresas, performances e saldão de estoque de bebidas já que será a ultima noite. Parra já mandou avisar que só para de discotecar quando o ultimo cair. Fica aqui meu agradecimento às minhas amadas Paula D’Albuquerque, Pri Calazans, Gisele Bilotte, Nathalia Mendes e Camila Baraldi por transformarem aquele espaço num verdadeiro ponto de encontro dos artistas da cidade. Pena que mais uma vez, acabou. Mas tudo bem, né? Tem algo muito melhor esperando por vocês e por todos nós. Evoé!

Quem toca na The Club neste sábado e o DJ Patrick Sandim além dos residentes July Beats e Fabio Noveletto. E por falar na July e no Fabinho, eles também concorrem ao Premio Omega Hits na categoria Melhor DJ e eu me esqueci de cita-los na semana passada. Não foi de proposito, é Alzheimer mesmo. Corram lá e votem neles http://www.omegahitz.com.br/melhoresdoano/

Jhullia Marques, nossa Miss Santos Gay, manda avisar que esta disponível para maquiagens sociais, teatrais e em eventos em 2014. A lindinha é responsável pelo meu make no espetáculo Dama da Noite, já recebeu diversos prêmios, ministrou aulas e workshops em escolas como SENAC e Tripulantes do Futuro. Quem quiser entrar em contato é só adiciona-la no Facebook. Eu recomendo!