Texto porLudmilla Rossi
Santos

Inclusão ou acessibilidade?

É preciso pensar global e agir local também com respeito à inclusão Muita gente confunde inclusão com acessibilidade. Porém, são dois conceitos distintos, mas que devem andar juntos. E, saber o que significam é fundamental, por exemplo, na hora de formular políticas públicas que aumentem a qualidade de vida dos deficientes.

No mês de outubro, nós, que temos domicílio eleitoral em Santos, votamos nos governantes de nossa Cidade. E, em especial, aos eleitos, venho relembrar esses dois conceitos tão relevantes, e que devem nortear algumas de suas futuras decisões. Inclusão tem a ver com atitude, comportamento e mentalidade. É mais amplo e subjetivo. Já, acessibilidade é material e específico.

Trata-se de uma ferramenta como, por exemplo: rampas, elevadores, Língua Brasileira de Sinais, escrita em braille, programas de voz para poder utilizar o computador, piso tátil etc.

Pode-se dizer que a acessibilidade é um fator fundamental (mas não o único) para que a inclusão aconteça de fato. Ou ainda, que a acessibilidade (apesar de ser importante) é apenas uma parte de todo um processo de inclusão.

Com isso em mente, podemos concluir que para que Santos seja de fato considerado um município inclusivo não basta somente garantir o pleno acesso aos diferentes locais e ambientes (o que, hoje em dia, ainda nem isso ocorre). Mas, principalmente, ir além. É preciso pensar global e agir local também com respeito à inclusão. É necessário ampliar os horizontes e a visão de futuro. E, digo isso não só sobre Santos, entretanto, levando em consideração também nossa Região Metropolitana como um todo.

Aí, há uma infinita gama de aspectos. Pegando o da empregabilidade, só para efeito de exemplo. Já está mais do que na hora de haver, na internet, uma plataforma governamental, informatizada e com abrangência regional, que reúna de maneira inteligente, prática e gratuita todas as vagas de emprego e os currículos dos deficientes interessados, das nove cidades que nos compõem.

O que existe, atualmente, são muitos desses dados fragmentados nos diferentes órgãos responsáveis por cada respectivo município. Essa é a realidade, apesar de, na mídia, o discurso de certas autoridades ser outro, dizendo que a integração desses dados é eficiente e que já acontece.

Artigo enviado por Edu Ravasini