Texto porLudmilla Rossi
Santos

Armando Fernal faz apresentação no Projeto Celebra em Santos

Com repertório 100% autoral, incluindo músicas inéditas, o cantor e compositor sorocabano Armando Fernal, considerado revelação da MPB, apresenta-se, neste domingo, dia 18/11/2012, no Projeto Celebra, a partir das 19 horas, no Parque Municipal Roberto Mário Santini (emissário submarino), na Praia do José Menino, em Santos (SP).

O Projeto Celebra é uma realização da Prefeitura Municipal de Santos, com patrocínio das empresas Tecondi e Termares, por meio da lei de incentivo fiscal Rouanet, do Ministério da Cultura. A realização é da empresa GPA Cultural.

Armando conta que o show reunirá as canções mais “nervosas” de seu repertório, mas que o improviso também não está descartado. O músico, que já teve o primeiro CD, intitulado “I” (Primeiro), lançado no quadro “Vitrine”, do programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, faz música para jovens e adultos que gostam de apreciar um som diferente, cheio de atitude, que mescla o pop, o jazz e a MPB.

O CD “I” traz 11 faixas de pura energia. Algumas músicas já podem ser conferidas nas rádios, como: “Cara, eu te amo, mas eu vou deitar”, “Impossível” e “O que faço toda noite”. Todo o álbum foi gravado em estúdio, sem playbacks e emendas, com produção de Maurício Trindade e a parceria dos músicos Lucas Marx (bateria) e Marcel Bottaro (contrabaixos). O pianista João Leopoldo fez uma participação especial em “Tira o salto” e “Perdão”, esta última uma poesia musicada de autoria do poeta e amigo Fausto Pará.

Armando Fernal em Santos

Sobre Armando Fernal

Guarde o nome deste cantor e compositor, que surge no cenário da música brasileira, reinventando, com estilo próprio, a arte de fazer canções. Nascido e criado em Sorocaba (SP), Armando, 21 anos, expressa sua intensa paixão pela música desde os oito anos de idade, quando o pai, Adriano, tocava violão e ele, curioso, tentava fazer o mesmo. Viu que realmente gostava disso e resolveu aperfeiçoar-se com aulas de música.

Após passar um final de semana ao lado do pai, surpreendeu a mãe, Paula, ao dedilhar, sozinho, uma música no violão. Algum tempo depois, ingressou nas aulas de guitarra. Não demorou muito para ganhar a primeira e tão sonhada guitarra de verdade da avó, Mariza. No colégio Dom Aguirre, de Sorocaba, teve o incentivo de grandes professores. E esse apoio, definitivamente, o levou a crer que a música era a sua vida.

Sempre em busca de poder expressar o som que “ouvia” em suas imaginações musicais, aos 14 anos, entrou para a escola IGT (Instituto de Guitarra e Tecnologia), em São Paulo, e, em pouco tempo, já começou a tocar e compor suas primeiras músicas. Decidiu sair do curso, por não concordar com algumas metodologias. “Para mim, as músicas soavam de forma diferente do que eles ensinavam na escola”, conta Armando. Depois disso, a busca pelo som que tinha em sua mente criativa foi autodidata.

Sua influência, é claro, não poderia deixar de serem os grandes clássicos dos anos 80 e 90. No início, Armando gostava da sonoridade em Inglês, embora Rappa, Zeca Baleiro e o memorável Cartola fossem a inspiração do jovem músico. Não demorou muito para compor a primeira canção. “Era um som tipo MPB muito gostoso”, recorda um nostálgico Armando, lembrando também das músicas que compôs inspiradas em suas vivências pelas escolas que passou e pelas namoradas que teve.

De cinco anos para cá, o jovem cantor fez uma seleção natural de canções que faziam sentido para a sua trajetória. Segundo ele, as atemporais permanecem até hoje em seu repertório, definido pelo próprio como “uma MPB com toda a sonoridade e charme do pop. E tem também o lado refinado do jazz e da música brasileira”. Para ele, engana-se quem ainda acredita na MPB como “aquele cara cansado, sentado num banquinho”. Não! Definitivamente, a música de hoje tem energia. E a de Armando Fernal tem de sobra.

Armando começou a se apresentar em bares de São Paulo e Sorocaba, além dos shows e festivais de música. Foi finalista do Prêmio Sorocaba de Música – Festival Nacional de MPB Livre, nos anos de 2010 e 2011. Participou da abertura do show de Oswaldo Montenegro e também foi eleito o melhor intérprete do Festival de MPB de Indaiatuba 2011.

E ele define sua música em apenas um sentimento. “O amor. É o que permeia as minhas músicas. Um amor completamente correspondido”, frisa, com um brilho nos olhos, com a certeza de que as canções verdadeiras são eternas.