Mythos Santos (in memoriam)

Quem prestou bastante atenção na timeline do Facebook deve ter notado pelo menos algum amigo comentando, curtindo ou compartilhando algum material da página Mythos Santos (in memoriam). No começo ninguém entendeu muito bem o movimento. “Alguém” estava postando fotos de mais de 10 ANOS atrás que foram tiradas na casa nuturna que é uma verdadeira lenda em Santos.

Um verdadeiro fenômeno, e arrisco a dizer que junto com a página Obra do Beto (humor político) e do sumiço do polvo – tivemos um dos virais mais rápidos da história da cidade.

A página foi ao ar às 21h do dia 03 de setembro de 2012 (segunda-feira), com apenas 1 curtir. Segundos depois, mais um. Uma hora depois 100 pessoas já estavam curtindo a página, comentando nas fotos e se perguntando: de onde saiu tudo isso? Quem está por trás da página Mythos Santos (in memoriam)?

Eu respondo:

NÓS,

do Juicy Santos.

Sim, nós resgatamos milhares de fotos e flyers e reorganizamos todo esse material na forma de page do Facebook (deu um trabalho COLOSSAL!). Todo mundo que acompanha o Juicy Santos sabe que um dos nossos maiores objetivos é documentar a história contemporânea da cidade. Havia pouquíssimo material na internet sobre a Mythos, uma pena se considerarmos a quantidade de eventos interessantes e momentos que aconteceram por lá.

Vale lembrar que NENHUMA rede social estava plenamente ativa durante a época áurea da Mythos, e que pouquíssimas pessoas possuíam câmera digital. Ou seja, o material da página Mythos Santos (in memoriam) é de fato uma raridade – principalmente por não ter ido para o lixo através de algum HD obsoleto ou CD-Rom zoado pelo tempo.

Para quem está completamente por fora (afinal algumas pessoas não viveram essa época – e nosso objetivo também é conectar gerações mais novas com esse passado divertidíssimo) a Mythos foi uma casa noturna que quebrou paradigmas na área de entretenimento – um projeto completamente arrojado e inovador para a época que a cidade estava vivendo (bem antes do suposto “pseudo milagre econômico” que assombra Santos nesse instante).

A casa foi pioneira em misturar entretenimento com conteúdo. Sabe tudo isso que falam hoje sobre storytelling e engajamento pelo conteúdo? A Mythos já fazia há bastante tempo.

Festas como Do you hair? onde a casa levou para o palco um verdadeiro time de cabeleireiros que ajudavam o público na montação da noite. Ou Alice in wonderland, antes mesmo da febre de Alice – a Mythos fez uma festa temática de cair o queixo. Chinatown, 007, Studio 54, Circo foram alguns dos outros temas das festas temáticas que deixaram muitas saudades.

Vale lembrar que além do empenho criativo dos próprios donos, a Mythos possuía uma dupla incrível de designers e produtores – chamados de “Os Brunos” – Bruno Basso e Bruno Kemp não só criaram festas ultra criativas como mudaram para sempre e de forma irreversível a qualidade da comunicação visual da noite santista.

 A atualização da página Mythos Santos (in memoriam) continua a todo vapor.

Dê uma olhadinha por lá, nos álbuns. Mate as saudades e confira se você não acha uma foto sua por lá. Aproveite para curtir a fan page e divulgar para os seus amigos que também sentem falta da casa.

http://www.facebook.com/MythosSantos

IMPORTANTE: a página Mythos Santos (in memoriam) foi criada para resgatar a história. Nós não estamos vinculados aos antigos donos da Mythos, a nenhuma empresa de entretenimento e nem pretendemos fazer uma festa ou abrir uma casa com o mesmo nome. O objetivo é unicamente não deixar esse material deteriorar em alguma gaveta, mas sim compartilhá-lo com quem vê um enorme valor emocional nele. E foi justamente esse sentimento que conseguimos provocar através da iniciativa.

Curta a página do Juicy Santos no Facebook

Desde segunda (03/09) um clima de comoção e nostalgia tomou conta da cidade. No dia de seu lançamento, MUITA GENTE NÃO DORMIU, vendo todo o conteúdo e interagindo com a fan page. Esse clima de resgate, de amizade e de festa se manteve mesmo após o fechamento da casa. E é isso que importa, não é mesmo?

Sábia Clarice.