Texto porNathalia Ilovatte

Sapatilhas Ballasox em Santos

Quando o sapato da noite é maravilhoso, mas desconfortável, a gente apela para uma rasteirinha na bolsa que vai salvar os pés no fim da festa. E na primeira oportunidade, se livra daquele peep toe meia pata que estrangula o dedão e calça chinelinhos deliciosos. Mas os chinelinhos ocupam espaço na bolsa e, de quebra, destroem qualquer look. Mesmo. Eu vivi esse drama terrível pelo qual ninguém deveria passar até descobrir que no mundo existe a sapatilha Ballasox.

Na sexta (23/09), depois de muito ensaiar, resolvi esse paradoxo estilístico do sapato bonito e assassino que assolava a minha vida. Escolhi um sapato boneca que esmaga meus dedos para a palestra na Semana de Moda da Unisanta, e é claro que depois de tanto siricotico com as pernas em cima daquele palco (morri de nervoso, Brasil) eu fiquei manca e dolorida. Mas naquele dia eu comprei sapatilhas Ballasox, que eu já queria adquirir desde que chegaram ao Brasil, mas não sabia em que loja achar. Quando o evento acabou, saquei meu modelo de zebra cinza brilhante da bolsa e vivi feliz para sempre.

O diferencial da Ballasox está na praticidade: ela é dobrável e vem dentro de um saquinho de tecido que deve medir uns 20 x 15 cm. Você leva na bolsa e, quando o sapato aperta, calça as sapatilhas e o bom humor volta instantaneamente. De verdade, eu nunca tive uma sapatilha tão confortável na minha vida. É tipo andar descalça.

O nome é uma mistura de “ballerina” (bailarina) e “socks” (meias), e a fabricante é a brasileira Corso Como, do Rio Grande do Sul, embora a Ballasox tenha começado a fazer sucesso primeiro nos Estados Unidos. A marca montou um stand no Oscar 2010, distribuiu sapatilhas para as famosas de pézinhos cansados e ganhou a América do Norte, para depois chegar ao Brasil. Acho que a gente baba tanto o ovo das celebridades americanas que até as marcas brasileiras vendem lá primeiro, como estratégia de marketing.

Como as sapatilhas custam cerca de R$90, eu fiquei um tempão cogitando a aquisição, até criar coragem. Sei lá, é uma sapatilha de tecido, né? Mas já paguei mais do que isso em sapatilhas da Arezzo coladas com cuspe e que duraram três dias (sério!), então resolvi tentar.

Onde tem?

Achei vários modelos na Raffine, loja do primeiro piso do Pátio Iporanga, e a vendedora Naiara teve todo o saco do mundo de ficar procurando pares no meu número lá no estoque. Tem de tecido, de camurça, de couro, lisa, estampada, com aplique de flor, com cadarço, com fita no tornozelo e até holográfica. As mais simples custam R$ 98.

Segundo o site da Ballasox, também tem para vender na Madrecita, ali no Super Centro, e na Pontal, no Shopping Praiamar. E também na Praia Grande, na Xodó Calçados, no Boqueirão.

A Ballasox também tem uma loja virtual, mas eu não recomendo comprar a primeira sapatilha da vida pela internet porque tem que experimentar. Como os materiais variam, o número ideal também pode variar para cima ou para baixo.