Texto porFlávia Saad
Santos (SP)

Resenha: U2 3D no cinema (ou “O dia em que fiquei pertinho do Bono”)

Em 1998, eu tinha 16 anos e assisti pela Globo o show do U2 na casa da minha amiga Tati. Não era muito fã da banda, estava mais numa fase Smiths (quem nunca, né?). Mas queria ver com os próprios olhos, mesmo que pela tela da TV, as cores e efeitos especiais da tão falada Pop Mart Tour.

O U2 não é mais o mesmo daquela época. Nem eu. Mas foi com o mesmo pensamento de 13 anos atrás que fui ao cinema hoje ver U2 3D.

Como bem disse o Denis Pacheco, que encontrei por lá, eles são “a última grande banda de estádio”. A longevidade da banda, somada à capacidade inegável de produzir hinos do rock e à influência que provocaram em bandas contemporâneas como Coldplay e Snow Patrol, faz com que Bono e cia sejam dignos de reverência. E o filme chama a atenção para outra qualidade que marcou a carreira dos irlandeses: o uso de novas tecnologias para saciar a sede dos fãs do U2.

U2 3D

U2 3D é extremamente bem-feito. Ponto. Som incrível, efeitos de babar. Dá impressão de que a bateria de Larry Mullen está lá ao nosso alcance, de que dá até pra encostar no Bono. O repertório é composto dos maiores hits da banda – não esperaria nada diferente disso, na verdade. Impossível não se arrepiar ao escutar o riff inicial de New Year’s Day.

O filme é uma experiência única para qualquer fã de música. Se o indivíduo for também fã do U2, melhor ainda.

Produzido pela National Geographic, U2 3D registra três shows da turnê Vertigo, de 2006 (Argentina, Chile e Brasil). No setlist, canções como Beautiful Day, One, Pride (in the name of love) e Sunday Bloody Sunday, entre outras. Chega aos cinemas (salas 3D) no final de março. Os ingressos para U2 3D já estão à venda em Santos e Praia Grande.

(obrigada, Flávia Durante, pelo convite)